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Saiba como terminar um namoro sem “meter o pé no peito”: “Estamos em busca daquilo que nos falta”

As tais borboletas no estômago já fugiram há muito tempo e a criatura antes amada só provoca tristeza. É hora de botar um fim na relação, mas você já treme só de pensar no sofrimento que a decisão irá causar? Existe, sim, uma maneira de evitar o drama de mocinha de novela mexicana.  
A psicóloga Roberta Dini, especialista clínica e hospitalar com ênfase em neuropsicologia, revela que “dez em cada dez” pacientes que chegam ao seu consultório têm a mesma dificuldade.  
— O que vai fazer o término de um relacionamento ser menos traumático, é conseguir separar e retirar o que é seu e o que é do outro na relação. O que é seu e o que você apenas projetou no outro. Quando entramos em um relacionamento estamos em busca daquilo que nos falta, vamos atrás de alguém que nos complete, alguém que resolva ou que tenha aqueles atributos que eu não tenho. Ao mesmo tempo, colocamos parte da gente naquela relação: sonhos, desejos, expectativas. É muito comum eu querer terminar, pois acredito que o outro é responsável por aquilo que estou sentindo em mim.   
Roberta conta que nossa cultura incentiva um pensamento de que tudo é possível e há uma busca desenfreada para achar um parceiro perfeito, a tampa da panela, aquele que nos completa. No entanto, essa “alma gêmea” não existe e outro não vai dar conta daquilo que seria problema nosso.  
— A melhor forma de sair de um relacionamento, sem meter o pé no peito, é retirar do outro aquilo que é meu; e saber quais as características do parceiro que me fazem querer o fim. Quando a decisão fica mais inteira, quando você já entendeu os motivos da separação, o término é mais saudável.   
Com a experiência em consultório, Roberta garante que isso não significa que não haverá sofrimento, mas ele será muito menor do que quando a decisão é tomada por impulso ou raiva.  
— No consultório, a gente faz a pessoa enxergar melhor o relacionamento, para que a decisão seja mais ponderada, inteira. O mais difícil é não saber sustentar emocionalmente a decisão tomada. Quando a gente sabe o que quer, a separação acontece sem escândalos, sem destruição, sem ficar jogado na cama. Ainda há sofrimento, mas ele faz sentido.      
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